sábado, 7 de março de 2009

Pro cacete!


Ah, cansei de profundidade. A complexidade encheu meu saco. Maquiagem barata para um completo niilismo de que tentamos apavoradamente fugir.
Hoje acordei desejando a simplicidade. A simplicidade das coisas, dos movimentos, das intenções. A simplicidade que me dá coragem para encarar quem realmente sou: porra nenhuma.
Minhas células estão cada vez mais simples. Mais escassas. Menos oxigenadas. Réquiem para as mitocôndrias.
Estou cagando para o elaborado, o erudito e seu eterno ziguezague que apenas traça um caminho pelas areias do meu cérebro deserto.
Hoje eu sou só coração. Quero beijar. Quero trepar. Beber. Dançar. Ver a noite só e simplesmente só pelo brilho das estrelas no céu escuro e pela promessa de descanso que se faz presente desde o entardecer.
Desejo o espanto frente a tudo. Ser parte da tribo que nunca viu uma garrafa de Coca-cola.
Quero parar de lutar para ser algo que nunca fui e jamais serei. Viva a minha ignorância! Viva minha compreensão limitada do universo! Viva a ingenuidade. Foda-se o resto.

Um comentário:

Ana Carolina Dias disse...

Antonio sabe que ando me sentindo assim tmb? a-do-rei o texto. tudo a ver comigo. beijokas