segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Etílico


Lá, o mundo se desmorona, com as ações despencando; aqui, eu perco o controle das minhas. Entro em modo automático e vou pairando no universo. Pairo e piro. A função reguladora, que envia todos os comandos de lei e ordem, entra em estágio de latência. Digo o que penso. Expresso. Beijo. Abraço. Experimento um diferente universo de sensações, trocas, música, sorrisos, dança. As sinapses, que já não funcionam ordenadamente, passam a se comportar feito um curto-circuito. Ora sinto-me extremamente alerta, ora sou tomado por um completo torpor. Ainda não entendendo como o corpo vai. Só sei que ele vai. Desloca-se.
No dia seguinte, renasço. Quando não me viro do avesso, embolo-me e viajo em mim mesmo. Repenso. Revejo. Re-avalio. O final da noite volta-me à tela mental em forma de flashes. Rápidos. Distorcidos. Retorcidos. A viagem mudou sua essência desde quando deixei os vinte e poucos para trás. Daqui a pouco terei de abandoná-la, pois temo que o curto-circuito alcance um estado irreversível. Aqui, a história é bem diferente da bolsa. Aqui o pacote é outro.

Um comentário:

Ana Carolina Dias disse...

Shiii.... Já vi tudo. Andou enchendo a cara né, mocinho??? Faz mal não. Depois tem tomar muita água de côco kkkkk!!