Chega a rampa. O coração pede mais. Quero saltar daqui. Quero voar. Atravessar aquelas nuvens ali na frente. Quando o chão desaparece, sinto um frio na barriga. Não fecho os olhos. Mantenho-os abertos. Bem abertos para ver este céu e essa cidade lá embaixo. Formigueiro. Que maneiro! Por que não fiz isto antes? Abro os braços e por um instante imagino que a asa é minha. Ignoro o que me mantém pendurado aqui. O vento frio acompanha toda a brincadeira. Por mais de vinte minutos sou dono do céu. Por uma eternidade guardarei este momento registrado. Ao aterrissar, o coração pede mais. Como poderei voltar a andar? O jeito é marcar outro vôo.
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