sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Até mais, J.D. Caulfield!



Um dia fui como Holden. Você, Salinger, conseguiu plasmar em um personagem muito do que eu sentia e parcialmente vivia.
Li Catcher três vezes e, ontem, ao saber de sua partida, senti vontade de lê-lo novamente. Não sei onde deixei meu exemplar, mas certamente o encontrarei. Aprendi muito inglês com você e seu estilo elegante e simples. Aprendi muito a lidar com minha rebeldia e meu sentimento de não pertença. Ontem fiquei pensando em você, encarapitado em sua solitude povoada. No alto já estava e no alto continuará. As planícies rasteiras não lhe pertencem. Estará sempre tocando as nuvens. E eu, aqui em baixo, continuarei explorando esses campos de centeio. Vá com Deus, seja lá o que isso queira dizer.

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