Esperei até que ele concluísse aquela longa e minuciosa descrição de técnicas e aparatos para a prática onanística, que envolvia, entre outros, caixas de ovos e rolos de cartolina, e perguntei:
- Meu irmão, qual a fonte de tanta criatividade?
Ao que ele respondeu:
- Cara, na infância, eu não perdia nenhum programa do Daniel Azulay.
Doravante evitarei, a todo custo, lembrar-me da Turma do Lambe-Lambe.
Um comentário:
Não há como não amar a poesia de quem tem mesmo o cinzel. É a estranhe'za' da nature'za'. Leio seu texto, não o compreendo, mas compreendo, gosto, e ganha vigor o "as palavras pelas palavras"; elas se realizam, "fazem amor livremente, despreocupadas de sua estrutura utilitária", como em parte disse Breton. Felicidade vir aqui, bom ler algo assim.
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