quarta-feira, 17 de março de 2010

São Patrício





Apóstolo da Irlanda, levou o Evangelho àquela nação, que havia retornado ao paganismo.

Converteu os chefes dos clãs e, a partir deles, suas famílias. Fundou mosteiros e de tal modo intensificou o espírito católico na Irlanda que esta foi chamada "Ilha dos Santos".

domingo, 14 de março de 2010

Faltou raça ou ração?



O cara foge da escola porque "sonha" em jogar futebol "profissionalmente". Na infância, quando era para cuidar dos estudos, estava no terreno baldio, jogando bola. 
Agora, a pergunta que não quer calar: O Dodô não deveria ser demitido hoje?
Quem é o energúmeno que perde DOIS pênaltis numa partida? 
Esqueceram de dar a ração para esse quadrúpede? Nessas horas dá saudade do Animal... 

Ilusão de Ótica



Havia muito que eu não lhe via. Pareceu-me estranho como seu rosto mudou. Que ponteiros implacáveis! Como se não bastasse, vi no Discovery Channel que depois dos últimos fenômenos tectônicos no Chile, a Terra passou a girar mais rapidamente e os dias ficaram sutilmente mais curtos. É provável que eu tenha mudado também. Ah, os olhos... Sempre prontos para nos enganar a cerca do que nos pertence exclusivamente.  Que relação estranha essa que se estabelece entre o espelho, os olhos e o cérebro. Assim como não vejo nem sinto o movimento do planeta, não percebo o movimento em meu rosto. Descendente. Você percebeu. O meu. O espelho quebrou. Não servimos mais de espelho um para o outro. A imago sua que guardo ou sua imagem que chega-me à retina? A imago. Ela sim lembra-me de um tempo que o cérebro insiste em arquivar no fichário “ANTEONTEM”. Mas já faz muito tempo. Amigos não deveriam ficar tanto tempo sem se ver... 

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Sou forte, mas não chego aos seus pés"



Não vou falar de suas formas e curvas que tanto nos inspiram. Não vou falar de seu sorriso que nos deixa de quatro. Quero apenas e simplesmente ratificar que sem você o mundo teria menos cores, menos sabores. Sequer estaríamos aqui. Quero expressar minha admiração pela sua fibra, sua quase onipresença em nossas vidas e sua generosidade. O homem que não se encontrou pela primeira vez no fundo dos olhos de uma mulher, perdeu-se nele para sempre.
Salve 8 de Março! 

sexta-feira, 5 de março de 2010

Se beber, não dirija.


- Caiu um mosquito no seu copo.
- Oi?
- Um mosquito. À essa altura já se afogou na sua cerveja.
- Tá falando sério?
- E eu lá tenho cara de quem brinca com uma coisa dessas?
- Como assim, "uma coisa dessas", cara? Foi só um mosquito.
- Só? Se você conseguisse ouvir os gritos dele ao se afogar nesse poço de álcool, não diria isso.
- Por acaso VOCÊ ouviu? Ouviu o imbecil gritando?
- Ouvi sim. Com o ouvido da alma.
- Nossa, que alma nobre! Só falta agora você me dizer que seu anjo da guarda é um pernilongo.
- Como posso saber? Nunca o vi.
- Nem com os olhos da alma?
- A alma é cega, rapaz.
- Pobre alma. Bom, pelo menos ela escuta né?
- Sei lá!
- Peraí... você não acabou de dizer que sua alma OUVIU o desgraçado do mosquito gritando cerveja abaixo?
- Foi metáfora, cara, Me-tá-fo-ra, saca?
- Só não mando você meter essa me-tá-fo-ra por entre o desfiladeiro de sua retaguarda em respeito a esse mosquito que, segundo você, acaba de morrer em meu copo.
- Ah, então você agora acredita no destino infeliz desta criatura.
- ...
- Você vai beber?
- O quê? A cerveja? Pirou? Então você acha que vou beber esse troço com esse cadáver boiando?
- Cara, você nem olhou pro copo ainda. O mosquito afundou. Não tá boiando, não.
- Você beberia?
- O quê? A cerveja? Não. Vai que eu engula o morto e herde seus carmas.
- Ah, essa agora. Carma. Vai com carma, meu amigo. Muita carma nessa hora!
- Você acha tudo muito divertido né? Não leva nada a sério.
- Ah, meu amigo, não vou ficar aqui escutando você filosofar sobre o carma dos insetos. Vou deixar você com seu carma e vou pra minha cama. Fui. Aí. Dez paus. Paga minha parte. Pode ficar com o troco.
- ...
- ...
- Inté!
- Ih, rapá...
- O quê foi?
- Acho que o rio que passa por entre o desfiladeiro de SUA retaguarda transbordou.
- Putz... tá de carro aí? Dá pra me dar uma carona?
- Tô, mas vou pegar um táxi.
- Pirou? Por que, maluco?
- Maluco, eu? Você passa a noite sentado num banco molhado, depois quer uma carona com um cara que ouviu os gritos de um mosquito e EU é que pirei? Fala sério.
- Putz... só dá maluco.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Guerra das Camisetas

Fiquei sem adjetivos... Melhor dar logo nota mil para os caras. 


quarta-feira, 3 de março de 2010

Vlw! Depois eu deixo um scrap!





Recentemente um amigo me convidou para ir à festa de aniversário de uma amiga dele, que eu não conhecia. Fiquei curioso para saber um pouco mais sobre a aniversariante e acabei visitando seu Orkut. Tive uma enorme surpresa ao constatar que a garota tem 932 amigos. Novecentos e Trinta e Dois! 932?!
Além de tímido, não sou muito dado a eventos sociais.  Tenho apenas dois grandes amigos com quem me sinto muito à vontade de simplesmente me sentar e beber, ou assistir a um jogo, ou jogar alguma coisa no PS sem ter que conversar sobre nada, a menos que os três estejam verdadeiramente com vontade de falar. Tive uma estranha sensação de que ir à festa seria a grande furada do primeiro semestre de 2010. Acho quase sempre um saco estar no meio de um aglomerado de gente que parece ter o compromisso inexorável de dizer alguma coisa inteligente ou risível. Nesses programas, em geral, formam-se basicamente duas espécies de grupinho: (1) o de pessoas batendo altos papos “cabeça”, discutindo o sexo dos anjos, disputando quem usa o maior número de jargões técnicos e palavras proparoxítonas, e (2) o de pessoas para quem tudo ou qualquer coisa serve de motivo de piada. Em ambos os casos, percebo, o que essa galera está tentando fazer é muito simples: manter a distância.  Analisando-se de longe, vê-se um enorme número de falantes e quase nenhum ouvinte. São muitas bocas para poucos ouvidos.
Imaginei então este cenário duplicado, visto que se tratava de uma garota com 932 amigos no Orkut. Novecentos e Trinta e Dois! Certamente eu deveria esperar uma festa para cerca de 100 no mínimo. A sintomatologia que produzi ao pensar nisso foi desde uma vermelhidão epidérmica à sudorese descabida. Entretanto, meti as caras e lá fui eu.
Tamanha foi minha surpresa ao chegar à festa e encontrar apenas dez convidados. DEZ. 10! “Que dez!”, pensei aliviado, sem deixar, entretanto, de me sentir intrigado com aquilo. Apesar do pequeno número de pessoas, formaram-se os dois grupos supracitados. Resolvi evitar o grupo dos pseudo-intelectuais de óculos com armações pretas, visto que eu não estava muito a fim de avaliar o futuro dos atuais meios de comunicação frente à Transmídia. Cara, adorei a experiência tridimensional de Avatar, mas não me sinto suficientemente inspirado a discutir, numa festa,  a falta de profundidade da narrativa ou a legitimidade do argumento. Eu queria mais era curtir a caipirinha, que estava maravilhosa, e falar sobre os sobressaltos que experimentei durante a projeção do filme, desde os trailers, quando apareceu uma joaninha voando quase que sobre meu nariz.  
A caipirinha foi de grande auxílio no outro grupo, tornando tudo muito mais engraçado do que era de fato. Chegou um momento em que estávamos rindo de nada. Um cara no grupo não conseguia parar de criar piadas. Era uma atrás da outra.
No Blackberry da aniversariante, a cada três minutos chegavam mensagens de felicitações, todas recebidas com enorme animação e devidamente compartilhadas com alguns dos presentes. Algumas das mensagens eram tão fortes e tocantes, que compensavam pela ausência do remetente.
Será que é isso mesmo? Será que o extremo é o que há? Onde está escrito que devo agir como um acadêmico ou um comediante numa festa? Não seria possível falar sobre banalidades, sem medo de parecer o que somos de fato: pessoas comuns? O que significa ter 932 amigos no Orkut, que enchem a caixa de “scraps animados” e o Blackberry com milhares de mensagens do tipo “parabéns pra você”, “você é o máximo”, mas que não se dão ao trabalho de pelo menos pegar a droga do telefone e ligar? Será que tanta transmídia, tantos MSNs, tantos Orkuts e Facebooks estão a serviço da solidão acompanhada?
Não sei. Só sei que ao deixar a festa, eu tinha tomado seis caipirinhas de limão, passado meu MSN para cinco – que gostariam de continuar a gargalhar de longe – e pensado três vezes, durante a “conversa”: “ainda bem que não estaremos juntos quando o riso acabar”.