sábado, 30 de maio de 2009

Sai fora, gordo chato!

Entendo perfeitamente as diferenças entre as pessoas. Já dizia o poeta da periferia: cada um com seu cada um. Entretanto, não consigo tolerar os esquisitos de plantão, que dedicam a vida à observação da vida alheia e que se regozijam na crítica aos outros.
Costumo chamar isso de chatice e mediocridade. Sou defensor do lema viva e deixe viver. Juro como não estou nem aí para como X se cuida ou deixa de se cuidar.
A questão, porém, é quando os gordos de plantão decidem nos perguntar como mantemos a forma.
Nunca mais caio nesta cilada.
A história é sempre a mesma: entusiasmados com a possibilidade – remota – de ajudar, não contamos esforços para descrever a rotina que levamos. Eles sempre reagem da mesma forma:
- Como assim você não come farináceo? Ai, isso eu não consigo. Você é maluco.
- O quê? Espinafre com claras? Ai, oremos!
- Ai, não! Mas nem queijo minas você come? Gente, que treva! Mas ricota não tem gosto de nada.
- O quê? Você toma moderador de apetite à base de cafeína? Você não tem medo de morrer não? Gente, você é ma-lu-co!
E por aí vai.
As desculpas são sempre as mesmas: ou o prato é muito ruim, ou a mãe prepara os pratos mais gostosos – e gordurosos – aos quais é impossível resistir, etc., etc.
E então a coisa descamba para a crítica. Somos loucos, obcecados, maníacos e assim por diante.
Resumindo: querem emagrecer, mas não querem abrir mão de nada. E então, face à própria incapacidade de mudar e de se disciplinar, caem em cima dos magros.
Negócio é o seguinte: não me aluga, mané!
Dá pra conceber um gordo bonachão, alegre, de bem com a vida, pois esta é a imagem típica dos gordos.
O problema é aguentar um gordo chato, infeliz, invejoso, teimoso e que curte criticar os outros.
Aqui vai um conselho: assuma sua própria forma, tente ser você mesmo e pare de tentar ser como o outro, pois para ser magro, a menos que a pessoa seja abençoada por uma genética fantástica, é preciso ser, antes de tudo, disciplinado. E disciplina é o que você não conhece. E tem mais uma coisa: quem não consegue controlar o que ingere, provavelmente não consegue controlar mais nada. Abraço!

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