Eu tinha passado aquela tarde inteira preso no escritório lá no 14º andar da Almirante Barroso, 22. Dois mil e novecentos planos, uma dezena de afazeres, trocas de idéias com o Paulo, com o Alex, Márcio, Andréia e Shirley, que Deus a tenha. O intervalo para o almoço tinha sido breve, mas saudável, cheio de legumes, verduras... Coisa de deixar qualquer mãe orgulhosa. Fomos em um pé e voltamos noutro. Coisa de meia hora. Coisa de gente muito jovem mesmo.
A aula com o Falcão começava às seis. Olhei para o relógio. Putz! Cinco e quarenta e cinco! Eu tinha que esperar pelo elevador, que àquela hora pararia de andar em andar. Uma vez lá embaixo, teria ainda que cruzar todo o Largo da Carioca em direção à Rua da Assembléia. Ferrou.
Juntei a bagulhada e me mandei para o corredor, onde esperaria pelo elevador. O safado chegou rapidinho, já lotado. Deu pra eu me espremer entre o povo. Ufa!
Foi aí que a salada de repolho começou a por em prática suas intenções malévolas, dando o ar da graça. Só que o ar era o que eu menos desejava que despontasse ali naquele momento. Além de me espremer entre o povo, tive de espremer a bunda pra não incomodar o povo. Senti o suor frio escorrendo pela testa. Mais dez andares e o sufoco acaba. Mais uma espremida. Só que não deu. O repolho deu o ar da graça. A sorte foi que o desgraçado chegou silencioso. Entretanto, o que subiu pelo ar do pequeno elevador descendente foi algo que me fez pensar: “Não agüento comigo!” O que diria então a pobre da velhinha arqueada que estava atrás de mim? Não demorou muito para todos saberem o que ela diria. Jamais esquecerei daquela voz sofrida, resmungando: “Meu Deus, que diabo!”
A pedido da velhinha e de mais duas pessoas, o ascensorista parou no nono. Vários saltaram. Eu, querendo rir, chorar e esconder a cara, permaneci ali, firme e forte. Nunca mais como repolho na rua.
A aula com o Falcão começava às seis. Olhei para o relógio. Putz! Cinco e quarenta e cinco! Eu tinha que esperar pelo elevador, que àquela hora pararia de andar em andar. Uma vez lá embaixo, teria ainda que cruzar todo o Largo da Carioca em direção à Rua da Assembléia. Ferrou.
Juntei a bagulhada e me mandei para o corredor, onde esperaria pelo elevador. O safado chegou rapidinho, já lotado. Deu pra eu me espremer entre o povo. Ufa!
Foi aí que a salada de repolho começou a por em prática suas intenções malévolas, dando o ar da graça. Só que o ar era o que eu menos desejava que despontasse ali naquele momento. Além de me espremer entre o povo, tive de espremer a bunda pra não incomodar o povo. Senti o suor frio escorrendo pela testa. Mais dez andares e o sufoco acaba. Mais uma espremida. Só que não deu. O repolho deu o ar da graça. A sorte foi que o desgraçado chegou silencioso. Entretanto, o que subiu pelo ar do pequeno elevador descendente foi algo que me fez pensar: “Não agüento comigo!” O que diria então a pobre da velhinha arqueada que estava atrás de mim? Não demorou muito para todos saberem o que ela diria. Jamais esquecerei daquela voz sofrida, resmungando: “Meu Deus, que diabo!”
A pedido da velhinha e de mais duas pessoas, o ascensorista parou no nono. Vários saltaram. Eu, querendo rir, chorar e esconder a cara, permaneci ali, firme e forte. Nunca mais como repolho na rua.
Um comentário:
Gente, me amarrota que estou passada! Que mico!!! Já aconteceu isso comigo no metrô... que horror. kkkkk
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