Tá ouvindo? É o beat, cara! O beat da vida, da música no terceiro andar! o tum-tum-tum de gente passando. O baticum dos pensamentos, que jorram pela corrente sanguínea, manifesta-se em palavras faladas, escritas, gestos...
É o beat que o leva à academia para malhar “feito louco”. Conheço bem este beat. É vontade de viver. Eu também malho pra viver. Viver melhor. Às vezes acho que vivo pra malhar. É um vício. O beat não pára, brother! Não pára! E o baticum continua. E assim envelheceremos. Envelheceremos bem.
A vida pulsa aí dentro, mais forte do que qualquer outro mal. Não há mal que resista à vontade de viver pra ver. Pra ver aonde vai dar. Dona Lúcia que o diga. Lu, como era chamada carinhosamente, viveu até os 84 anos e viu muita coisa, apesar do mal que tentou passar-lhe uma rasteira anos e anos, sem jamais conseguir drenar-lhe a energia. Energia provinda de sua vontade de viver e ver. E viu. E viveu. Com dignidade.
Siga o beat. Não se perca dele. E por favor, não se esqueça de me mandar o convite da festa de seu 80º aniversário!